segunda-feira, abril 26, 2004

Insomniac again... or is it still?

Buh, definitivamente eu não sei o que há com meu ciclo sono-vigília. Até o fim da semana eu acerto isso, eu TENHO que acertar, senão não sobrevivo!
Mas tem as coisas boas da insônia. Pensar pra cara*** na vida. É impressionante como um nó desfeito desfaz todos os outros, em cadeia. Desfiz o nó da palavra, e todas as áreas envolvidas com o dizer se abriram. E foi reconfortante sentir, novamente, o alvoroço das palavras na língua, medrosas de cair quando chegam na beirinha da boca. Viu, Lu, palavras também sofrem de vertigem! Elas também têm aquele frio na barriga e também ficam divididas entre o que sabem que devem fazer e o que têm vontade de fazer. Acomodadas, querem permanecer nas brumas da garganta engasgada, em vez de se aventurarem do lado de fora. Bobas. Não sabem o quão recompensadora é a sensação de se ter ousado, de se ter jogado ao novo. A boca também não tem balaustrada. Tu sabes, Lu, que tudo é uma metáfora da vida, não é? Palavras bobas, preferem ficar no cantinho mais empoeirado em vez de ofuscarem a vista na luz de fora. Saiam já todas, que o momento é de esvaziar-me!

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